segunda-feira, março 05, 2007

Life-zone

EIS o que descobri!
Após uma aula dedicada a Yves Klein reparo que o uso de tintas
levaram-me ao encontro da Life-zone
(conceito ainda em estudo)
Após longos anos a praticar life-zone só hoje é que reparei que pratiquei tal "coisa". Life-zone procura aquilo que à partida não sabemos que procuramos.
O objectivo é mesmo esse, é fazer algo sem saber que se está a fazer
(em processo).
Recorri muitas vezes à pintura, quase como uma briga.
Em cada tela que elaborei existe sempre a mesma marca, a cor VERMELHA.


Na procura de algo significativo, encontrei um livro de YVES KLEIN que tinha a mesma particularidade que eu (ou eu a dele), o uso da cor AZUL.

Aí necessitei de fazer uma anthropometry,
sem saber que seu nome era este.

(anthropometry de Yves Klein)

Para além de uma anthropometry, criei uma tela chamada "Furia", toda pintada com as mãos.
A necessidade de CRIAR era intensa
(tal como a necessiade de criar esta "coisa" chamada fuga de um Grito).
Nesta procura vi a necessidade de abandonar os pinceis e aproveitar
o meio que me faz pintar e daí libertar... as mãos.
Para além do uso das mãos , já usei o corpo... e sempre na necessidade de criar e descobrir
... tal como a essencia do fuga de um GRITO.

Já estaria em processo?
claro que sim... por isso auto-biografia.

O uso das tintas ainda é um enigma,
mas em contra-partida... revejo-me no trabalho de Klein,
principalmente após descobrir que para além de pintor foi também performativo.



2 comentários:

Juana Silva disse...

Estou curiosa de ver esse grito exposto! ;) Estou a gostar de conhecer este teu lado artístico *

Joana Silva (a outra)

gpm disse...

Oh!,
Vi a exposição do Yves Klein em Paris, no Centro Pompidou, há uns meses.

De facto, o azul predominava.

Acho que apesar da monotonia da cor, foi uma exposição de contrastes. A anthropometry era de facto dos elementos mais interessantes...

Muito filosófico, sim senhor....