domingo, setembro 30, 2007

Performar-me a ti



O nome da nova versão do Fuga de um Grito *

"Performar-me a ti" é ligeiramente diferente do Fuga de um Grito I.
Hoje, seguindo as regras do Dogma´05 é-me exigido dar uma maior importância ao espectador.
O "mero" espectador passa para o papel principal.
por isso,
no "Performar-me a TI"
serei corpo e o espectador o mentor da obra.


Dia 2 e 3 de Novembro
Torres Vedras irá abrir as "portas" para todos
aqueles que estão interessados em espectáculos,
exposições, conferências e muito mais...

Conto com vocês!


sexta-feira, setembro 28, 2007

Performar-me a ti

Se "...a palavra final caberá sempre ao espectador,
responsável máximo pela validação e legitimação do objecto artístico."


não será, igualmente legítimo,
registar o que o público sentiu com a minha peça?
o que acharam?
que pensamentos lhes suscitaram?


Registar o percurso que fizeram...

Eu própria e o André, descrevermos a
última performance apresentada em público?

Que sentimentos obtive, comparativamente aos
dos espectadores e a de todas as pessoas envolvidas?

O registo desses sentimentos ou simplesmente visões
poderão ajudar-me a construir
a oportunidade do espectador,
quase como uma nova forma performativa.

"performar-me a ti"
- a visão do espectador...

O espectador descreve a performance elaborada por mim,
mas coloca lá os seus sentimentos.

interessante...

espectador


Compreendendo melhor
" A Oportunidade do Espectador"



A página 7 do Dogma clarifica:

"...a palavra final caberá sempre ao espectador,
responsável máximo pela validação e legitimação do objecto artístico."

  1. o criador deverá ceder a sua autonomia perante o objecto criado.
  2. o espectador poderá mudar o rumo da trabalho
  3. o artista/criador não é mais artista/nem mais criador
  4. não poderei impor o meu gosto pessoal, nem fundamentar qualquer tipo de acção ou intenção.
  5. o criador é, apenas e só, um 'mediador'.
  6. A personalidade do projecto é bem mais importante que a personalidade do criador.
O projecto é dono de si mesmo...
e o criador tem de se levar por ele.

Lembram-se do post... "O projecto controla-me a mim?"

é disso que estou a falar,
não devo, nem posso criar ideias pré-concebidas,
as ideias têm de vir até mim.

Aí intenda-se a página 6 do Dogma.


"... não existem interpretes...
O único interprete é o trabalho ele próprio...
O trabalho interpreta-se"


"projecto" é o que é.

O Fuga de um Grito vive de meios...


o vídeo, a fotografia, textos, perguntas,
respostas e movimentos (mesmo que parados...)

É aqui, que o Dogma'05 me ensina a compreender
que os "suportes/meios criados, não são objectos/fins..."
que justifiquem a acção que conduz o projecto.

O projecto é a acção, a disciplina.

"O projecto é o nome que a coisa tem".

Este item 3.2.1 da página 8 do Dogma'05,
faz-me reflectir sobre certos vídeos que mostrei,
acreditando serem a melhor representação da minha peça performativa.
Ou seja, não é correcto da minha parte,
evidenciar "os melhores", porque isso não existe.
Apenas, são mais uns, que fazem parte do projecto,
não tendo qualquer tipo de catalogação especial.

Aqui volto a realçar, que a minha "obra" não vive do fim...
(se é que isso existe, já que não lhe conheci o início),
por isso apelo, a que leiam o Fuga em mim por inteiro
e reflictam na performance final,
como uma "obra aberta" * que muito mais poderá mostrar...

* Brevemente, falarei melhor da obra aberta.

Por outro lado a página 9, fala de algo que me interessa particularmente,
que está intimamente ligada à performance em tempo real.
Isto é, os trabalhos constroem-se com matérias,
mas não são estas que fazem resultar a acção final, pois
"ela é, de facto, o resultado final".

Qualquer apresentação performativa de
carácter público, resulta de um resultado final.

Aqui quase que consigo tocar no termo LIFE-ZONE *


Projecto



Relativamente ao post

"em processo desde a última performance..."



«O objectivo primordial desta "oportunidade"
que está a ser dada ao "
espectador"
é reflectir sobre a condição autoral do criador
em relação a obra criada.
De que maneira é que o criador mantém em relação
ao projecto e só a
condição autoral e
de que maneira é que o espectador
mantém a
condição de espectador,mesmo quando ele a cria.
Por outras palavras, dar relevo à herança pós-moderna
preconizada por Duchamp, que reforçou de forma notável
o papel criativo do olhar do espectador na
legitimação da obra tornada pública:

"Para decifrar uma obra de arte, o espectador
tem de ser igualmente criativo".


Estarei a ir num bom caminho?


Projecto


Antes de eu perguntar, tu deste-me a resposta ;)

obrigado Roger *

domingo, setembro 16, 2007

em Processo

em Processo desde a última performance...




o R foi espectador e ainda o é.

Eis o que descobri!

Foi precisamente no dia 25 de Maio que apresentei
a minha última performance

Mal saí do armazém, o R disse que tinha uma coisa para mim.
Estranhei.
Fomos até casa dele... a expectativa era muita.
Abriu a porta, dirigiu-se à sala, sentou-se no piano e começou a "tocar".
Não tocou uma coisa qualquer, tocou aquilo que tinha sentido quando visionou a peça.

Ele só dizia: "naquela parte".... [tocava]
"na outra parte"... [tocava]
"se fosse eu... tocava isto"... [tocava]

Foi nesse momento, que percebi o que aquele espectador
tinha sentido na minha obra.
Era algo diferente.
Mas nunca pensei estar após o fim, a recomeçar o Fuga de um Grito II

Ele "re-tocou" a peça, mediante aquilo que sentiu.

Ora, se "a Oportunidade do Espectador"
exige que me coloque do lado do espectador.

Será este musico um bom exemplo para mostrar
ao outro público aquilo que sentiu na minha obra?

Não se trata de uma interpretação do Fuga de um Grito,
trata-se de um sentimento, de uma sensação,
levada a cabo por um espectador.

Estarei eu a dar oportunidade a um espectador meu?
ou será
que estou a criar uma oportunidade dentro da oportunidade do espectador?

fico por aqui *

sábado, setembro 08, 2007

A Oportunidade do Espectador


O Fuga de um grito está de volta... mas numa versão diferente.


Desta vez, abandono a obsessão pelo final e
pelo Belo (vou tentar), ...



A "OPORTUNIDADE do Espectador"
exige um pouco mais de mim...


O Dogma 05
vai ser a "Bíblia", mas "ele" não gosta de precipitações...
vou tentar que as ideias venham até mim
e vou "saborea-las" com calma.


Até breve *