domingo, março 18, 2007

Significações cheias de significado

SIGNIFICAÇÕES cheia de significado.


O que significa dança?, performance?, coreografia?,
body art
?, site-specific? e body-specific?

DANÇA
Acto de dançar; série de movimentos cadenciados,
geralmente ao som da música, baile...

DANÇAR
Mover o corpo segundo regras de dança, oscilar,
saltar, executar determinada dança.


COREOGRAFIA
Arte de compor bailados; arte de dançar; concepção de um bailado,
em particular, determinação dos passos, atitudes e poses de bailarinos.

A palavra coreografia deriva (Do gr. Khoreía, «dança» + gráphein, «escrever», pelo it. coreografia)


PERFORMANCE
Actuação, desempenho, realização, proeza

PERFORMER
Executante, intérprete, actor, artista, músico...

BODY-ART e/ou BODY-SPECIFIC
Arte do corpo, está associada à arte conceptual e ao minimalismo.
É uma manifestação das artes visuais onde o corpo do artista
é utilizado como suporte ou meio e expressão (corpo especifico).

SITE-SPECIFIC
É a concepção de um objecto artístico (instalação por exemplo) para um local exacto.


< REFLEXÃO >

Estas significações fazem-me ver, que a dança nada tem haver
como meu projecto (por isso não a posso pronunciar).
A coreografia por sua vez, tornou-se muito mais significativa no meu trabalho.
Dela retiro a dança e a escrita.
A performance passa a ser o objecto em si mesmo.
A performance passa a ser o objecto que desejo.

"A minha performance depende da minha performance (desempenho)"


A performance, por sua vez depende do meu Body-specific,
pois irá ser o suporte da expressão e o espaço o local onde me irei movimentar.

sexta-feira, março 16, 2007

"O meu projecto controla-me a MIM"

Fuga musical

Este vídeo é resultado de uma mera experiência que por um impulso maior foi filmado, sem qualquer intenção. o espaço é este e o som uma experiência interessante.

Apercebo-me HOJE que não sou EU que controlo o meu projecto.

"O meu projecto controla-me a MIM!"

O meu PROCESSO/PROJECTO está a ser fruto da sua própria experiência e está a tornar-se autónomo.
Quase como se tivesse vida própria.

quinta-feira, março 15, 2007

Fuga de um grito

Experiência de uma fuga musical

quarta-feira, março 14, 2007

"Compreender implica concordar"

Fugas aos meus medos...



segunda-feira, março 12, 2007

Talvez já esteja em performance...

Quando o Rogério me disse que já está em performance
à três anos... achei um tanto descabido, mas hoje compreendo.

Após a aula de Artes Globais Vejo que o meu PROCESSO é o meu projecto.
O
Fuga em Mim - O GRITO! é a necessidade de falar e explicar o que se passa comigo, bem como tudo o que o projecto transporta.

"Concretizo o projecto a partir do momento em que me proponho a falar dele publicamente."


"Por favor, não me confundas mais..."

Ao contrário do que eu julgava, a longa tarde que tive com o João (bailarino) não obtive nenhuma resposta, mas sim MUITAS questões...

"Por favor, não me confundas mais..." dizia EU.



Na verdade, o João não sabia o que lhe esperava naquela tarde...
Chegou cheio de incertezas sobre o seu Processo/Projecto pessoal..
e que por isso (julgava ele) que poderia fazer muito pouco por mim..


Ele também queria saber o que realmente necessitava o meu projecto.
De que modo me poderia ajudar??

falamos falamos falamos... e cada vez mais questões surgiam.

Olhamos para o palco aberto...

Onde está o público?

Onde está o André?
(o seu posicionamento)

Onde estás tu, quando o público entra?

O corpo tem de estar lá... (descobrimos)


O espaço segundo o João é muito grande e por isso é necessário fazer
alguns exercícios relativos ao espaço.

  1. A luz enquanto motor da minha deslocação no espaço
  2. Tinta como motor da acção/deslocação no espaço
  3. Simplesmente sentar-me no espaço e senti-lo com e sem música
  4. Sentar-me ao lado da tinta aguada e ver no que resulta
  5. O espaço é fixo?
  6. A relação entre mim e tudo o que encontro
  7. O que encontro nas poças de vinho?
Agora sim... vou sentir o espaço e acima de tudo, compreende-lo.

Escrevi aquilo que não sabia que ia escrever...


Cada vez mais acredito que este projecto só faz sentido se outros "Tocarem" nele.
embora seja meu... esse "meu tão íntimo" passa a ser vosso. Quase como se cada pessoa tivesse a necessidade de ter uma FUGA igual a esta.


O olhar dos que olham para mim

Interessante será pensar como é que o público irá VER/SENTIR a minha PERFORMANCE...
Assim, fiz uma pesquisa fotográfica "life-zone",
do modo como o André e o João me viram naquela espaço...
Poderá ter sido uma visão intencional ou não... mas a verdade é que foram os seus olhares que viram.

Não será isto já uma performance?

(fotografias by João)

(fotografias by André João)

domingo, março 11, 2007

Sentir O ESPAÇO

Esta semana fui para o armazém...
esperei que o espaço se entranhasse em mim...
não sei se isso aconteceu...
mas foi bom, ver o que já tinha visto e descobrir coisas novas.

Não fui a única a SENTIR o espaço... tive duas pessoas que
me acompanharam em dias diferentes.

O André (não violoncelista)


Ao contrário do que eu julgava, não houve violoncelo...
ele agarrou-se ao microfone e fez uns sons estranhos que cabiam perfeitamente no meu projecto.
Num canto fundiu-se no espaço sem eu nem ele nos apercebermos...

O João (fotógrafo assumido)

Por mero acaso, acompanhou-me na descoberta do "Sentir" e ele também sentiu.
Ele queria descobrir o seu novo brinquedo (nikon D200) e a luz do armazém...

Vejam o que aconteceu...

http://fotologue.jp/jalc


segunda-feira, março 05, 2007

Life-zone

EIS o que descobri!
Após uma aula dedicada a Yves Klein reparo que o uso de tintas
levaram-me ao encontro da Life-zone
(conceito ainda em estudo)
Após longos anos a praticar life-zone só hoje é que reparei que pratiquei tal "coisa". Life-zone procura aquilo que à partida não sabemos que procuramos.
O objectivo é mesmo esse, é fazer algo sem saber que se está a fazer
(em processo).
Recorri muitas vezes à pintura, quase como uma briga.
Em cada tela que elaborei existe sempre a mesma marca, a cor VERMELHA.


Na procura de algo significativo, encontrei um livro de YVES KLEIN que tinha a mesma particularidade que eu (ou eu a dele), o uso da cor AZUL.

Aí necessitei de fazer uma anthropometry,
sem saber que seu nome era este.

(anthropometry de Yves Klein)

Para além de uma anthropometry, criei uma tela chamada "Furia", toda pintada com as mãos.
A necessidade de CRIAR era intensa
(tal como a necessiade de criar esta "coisa" chamada fuga de um Grito).
Nesta procura vi a necessidade de abandonar os pinceis e aproveitar
o meio que me faz pintar e daí libertar... as mãos.
Para além do uso das mãos , já usei o corpo... e sempre na necessidade de criar e descobrir
... tal como a essencia do fuga de um GRITO.

Já estaria em processo?
claro que sim... por isso auto-biografia.

O uso das tintas ainda é um enigma,
mas em contra-partida... revejo-me no trabalho de Klein,
principalmente após descobrir que para além de pintor foi também performativo.



"sentir o espaço"

Hoje é o primeiro dia para "SENTIR O ESPAÇO".
A duração deste SENTIR vai-se estender por duas longas semanas...

(Rogério by eu)

sentir o que quero dizer...
sentir o que vou descobrir...
sentir o que não esperava sentir... para descobrir "a coisa"

é um SENTIR que irá fazer uma fusão do espaço em mim e eu nele.